Angolano Miguel Junior disserta no Instituto de Estudos Africanos da Rússia sobre as Lutas pela independências na África Austral

No âmbito das celebrações dos 50 anos da Independência Nacional, a Embaixada de Angola

na Rússia e o Instituto de Estudos Africanos da Academia de Ciências da Rússia, realizaram

hoje (07.10) em Moscovo, uma sessão solene científica sob o tema As Lutas Pelas

Independências na Africa Austral.

A dissertação de sapiência As Lutas Pelas independências na Africa Austral foi proferida pelo

Tenente General das Forcas Armadas Angolanas e Académico Miguel Domingos Júnior que

sublinhou que as matérias relativas às lutas de libertação no continente africano devem ser

interpretadas à luz das realidades regionais e das especificidades de cada país, valorizando as

questões políticas, coloniais, económicas, culturais, étnicas, linguísticas e ideológicas. Incluindo,

evidentemente, os perfis das organizações políticas, das lideranças, dos líderes e das elites

nacionais, que capitanearam esses processos de emancipação política. Só desta forma, é

possível entendermos as diferentes lutas de libertação nacional e as suas particularidades.

O Tenente General e Académico Miguel Júnior fez na sua abordagem a descrição das lutas de

libertação na Africa Austral desde o começo do seculo XX ate à década de 90, visto que foi nesse

espaço de tempo que elas tiveram lugar nos países da região, nomeadamente Africa do Sul,

Angola, Botswana, Eswatini, Lesotho, Moçambique, Malawi, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe,

sublinhando a necessidade de entender-se como é que ocorreram os processos que conduziram

às primeiras autonomias politicas e os seus efeitos e em segundo lugar as circunstâncias que

fizeram emergir as lutas armadas na Africa Austral e analisar os seus desenvolvimentos.

O evento contou com a presença de uma plateia diversificada composta por embaixadores,

académicos, africanistas, diplomatas e russos veteranos da guerra de Angola.

Durante a dissertação o Tenente General e Académico angolano Miguel Júnior realçou que as

lutas de libertação na Africa Austral tiveram como elementos determinantes para a soberania e

identidades dos povos da região, a coragem, sacrifico e unidade, solidariedade o que permitiunão apenas a conquista da independência e o fim do apartheid, mas acima de tudo o

fortalecimento da dignidade africana no contexto internacional.

No final da Aula Magma de Sapiência o Tenente General e Académico angolano entregou a

Directora do Instituto de Estudos Africanos da Academia de Ciências da Rússia, Irina Abramova

dois livros da sua autoria para o espolio bibliográfico da instituição.

O evento enquadra-se nas celebrações dos 50 anos da independência Nacional organizado pela

Embaixada da República de Angola na Federação da Rússia

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